As primeiras civilizações surgiram na Mesopotâmia e no Egito em um processo que durou milênios, entre o estabelecimento das primeiras comunidades agrícolas e o desenvolvimento das cidades.
A Mesopotâmia ficava localizada em uma planície entre os rios Tigre e Eufrates, por isso recebeu esse nome, que em grego quer dizer “terra entre rios”. Após as cheias desses rios, a alternância entre o calor e a umidade faziam as terras próximas a eles muito férteis. Por isso, durante a Idade Antiga (4000 a.C. -476), a região da Mesopotâmia foi alvo de disputas de inúmeros povos devido aos seus rios e suas terras férteis.
Toda essa riqueza natural trazia crescimento e desenvolvimento de atividades produtivas e do sustento da população. O que fez com que populações se firmassem na região, formando povoados autossuficientes que foram crescendo em número de habitantes até formarem as primeiras cidades da Mesopotâmia.
As primeiras civilizações surgiram em uma região que ficou conhecida por Crescente Fértil. Recebeu esse nome porque formava o desenho de uma lua crescente. É uma região desértica entre o norte da África e o Oriente Próximo, entrecortada por rios, como Jordão, Nilo, Tigre e Eufrates.
As primeiras civilizações também foram chamadas de civilizações fluviais ou hidráulicas, porque sua dependência estava em se desenvolver às margens dos rios, o seu desenvolvimento econômico dependia da qualidade do manancial. Cerca de 8000 a.C. os primeiros grupos de agricultores e pastores se fixaram nas terras férteis às margens desses rios.
Nos primeiros povoamentos da Mesopotâmia, a base da produção agrícola era a produção de cereais, como trigo e cevada. A criação de animais, como carneiros e aves era algo complementar. Civilizações que residiam às margens dos rios, além da produção agrícola, tinham também a possibilidade do comércio por meio de barcos, além da circulação de pessoas.
Mas, havia um grande desafio, pois as cheias dos rios Tigre e Eufrates não eram regulares, eram imprevisíveis, e podiam ser também devastadoras. Era muito importante saber aproveitar de maneira eficiente as cheias para a agricultura, pois assim poderia estender a região de plantio, o que requeria um trabalho coletivo para construir barragens para represar a água do rio, além de sistemas de irrigação e drenagem.
É nesse contexto que começamos a compreender um pouco mais sobre a importância da água não apenas na antiguidade, mas principalmente nos dias de hoje. Podemos ver que onde há água há também desenvolvimento econômico e urbano, pois quanto mais uma cidade cresce economicamente mais pessoas passam a ir morar nessa cidade e mais água passa a ser demandada. É um ciclo.
Desde a antiguidade a água faz parte dos processos mais importantes de uma sociedade, tanto para sua subsistência quanto para produção de bens e serviços. Água faz a economia girar e é muito importante para as nossas atividades mais básicas do dia-a-dia, como tomar banho e escovar os dentes. No nosso planeta não existiria vida sem água, e da mesma forma na nossa vida, no nosso cotidiano a água é fundamental para que as coisas possam acontecer.
A grande diferença da antiguidade para os dias de hoje é que temos uma consciência maior de que a água é um recurso finito, e que não dá para simplesmente usarmos o leito dos rios sem regras que protejam nossos mananciais. Hoje, temos órgãos competentes que regulam os usos das águas para que todos possam ter acesso. Aqui no Brasil temos a Lei das Águas, Lei Nº 9.433, de 8 de Janeiro de 1997 e também temos a Lei Estadual nº 3.239/1999, que considera crime perfurar poços para extração de água subterrânea sem autorização das autoridades competentes.
Outra diferença importante é que no decorrer da história, com o avanço do homem na ciência, ficou muito mais fácil transportar e distribuir água para localidades distantes dos rios ou mananciais. Podemos contar com água encanada através das concessionárias de água e esgoto, como a CEDAE, aqui no Rio de Janeiro. E, para complementar na ajuda a atender a necessidade de água potável temos o caminhão-pipa. Ainda temos muito o que avançar para que todos tenham acesso a água, mas vamos continuar trabalhando para que hajam sempre avanços.
O caminhão-pipa possibilita o transporte de água para lugares remotos e que não possuem acesso à água potável, como também complementa a distribuição de água quando a concessionária não consegue atender a demanda ou a necessidade da população naquele momento, seja por uma tubulação que estourou e precisa de reparos, reparos esses que podem demorar, ou ainda em casos de grandes demandas de água como grandes construções ou a produção de bens e serviços.
Todos os usos devem ser atendidos, porém com responsabilidade, para que o crescimento de todos, de toda a sociedade seja contínuo.
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Até a próxima!
